segunda-feira, dezembro 27, 2004

Animais Falantes

Estou certo que este é daqueles temas sobre os quais podemos fartar-nos de escrever. Estranhamente neste momento não me vem nenhuma ideia com piada.

Guerra dos Sexos

A minha teoria é que os homens gostam de bater nas mulheres porque podem, já as mulheres batem nos homens para sua própria defesa.

Para agredir uma mulher o homem que se preze começará com uns insultos breves e vagos. Se por um lado têm que deixar a ideia que de facto a mulher fez algo de errado e merece por isso mesmo ser violentada, por outro lado não podem ser demasiado específicos, correndo-se o risco de o insulto passar a discussão ou diálogo.

As agressões mais normais que um homem pode fazer a uma mulher geralmente passam pelo seu arrastamento pelos cabelos, pontapés na barriga, murros e estaladas na cara. A sua projecção contra paredes e mobília diversa também é aconselhada, devendo depois a mulher ser obrigada a limpar o seu sangue da parede.

A agressão das mulheres aos homens é muito mais simples. Joelhada, pontapé ou apertão dos tomates, vulgo testículos. Geralmente em “auto-defesa”. Pois... mas no fundo é uma tremenda cobardia da parte delas. Ora, se não querem ser conhecidas por “Sexo Fraco” comecem a lutar com alguma honra. Arranquem olhos, partam-nos as rótulas, enfiem-nos chaves de fendas no nariz ou nos olhos... mas por favor não nos toquem nos tomates...

Ou isso ou começamos nós a dar murros nas mamas a ver se elas gostam!

sábado, dezembro 18, 2004

Este e outros blogues

Em primeiro lugar, constato com inegável surpresa a criação de novos blogs por parte de pessoas que conheço. Um deles publicitou o seu aqui no meu. Achei isso uma má educação tremenda. Outros não:
http://palaciodosbalcoes.blogspot.com
http://auspicioso.blogspot.com
http://motherbloguer.blogspot.com

Segunda surpresa: apareço no Google. Se procurarem por imbecil & idiota, apareço eu. Se por um lado isto pode parecer agradável, por outro é com algum pesar que vejo que toda a minha participação pública na Web está ligada às palavras “imbecil” e “idiota”.

Pequenas coisas que faço que me fazem sentir poderoso.

Um imbecil e um idiota terá, como é óbvio, um sem número de razões para se sentir frustrado. Mas se por um lado a vida é uma merda, e se vive na constante angústia de não a ver melhorar, por outro abre-se uma enorme porta de um mundo só seu onde é rei e senhor: a mundo dos ‘comportamentozinhos merdosos’. Os dois primeiros que trago aqui incluem-se na categoria “Lixar os grandes organismos do capitalismo desenfreado!”

O primeiro e mais elementar dos comportamentos que só servem para nos fazer sentir melhor é comer rodízio. Baseia-se num comportamento fisiológico que, quando levado a um extremo, o coloca perto da auto-flagelação. Por mais que um gajo efectivamente pague, acha sempre que fez um negócio do caraças: “Viste tudo o que eu comi? Ia levando os gajos à falência!”. O que se ganha de facto é grande indisposição, uma artéria entupida e, muito provavelmente, mais tarde largar-se-á um tijolo de dois quilos. Para os incultos: largar tijolo = meter um cagalhão a andar de escorrega.

Segundo comportamento ‘sacanita’: adiar o pagamento das contas. Aquelas que sabemos que podemos não pagar durante um mês sem consequências de maior. Ficamos todos contentes a pensar “Os tipos da NetCabo têm um serviço de merda, vão ver como eu ainda sou mais coninhas na hora de pagar” (risinho agudo e maquiavélico). Outra que também nos faz sentir poderosos é não pagar a luz ou o telefone: “É para aprenderem senhores da EDP! Vejam lá se aguentam este rombo financeiro de 37,21€!!!”

domingo, dezembro 12, 2004

Guarda Redes

Confesso que não sou um fervoroso adepto de ver ou jogar futebol. Identifico-me com um dos três grandes clubes e gosto de jogar com um grupo de amigos com alguma regularidade. Não sou um grande jogador. Posso dizer que nem médio sou... bem para ser sincero, num jogo contra meninas de 6 anos ou era gozado ou fingia uma lesão...

Esta minha inaptidão para o futebol dá-me mais tempo de guarda redes. Como tal cheguei a algumas conclusões sobre aquilo que é ser guarda redes. Antes de mais é ser diferente. Diferente porque quem vai à baliza ou é maluco, ou não tem jeito para a bola.

Quem não tem jeito, tem desculpa. “Faço isto porque não faço mais nada de jeito”. Agora as pessoas que têm jeito e que efectivamente são bons guarda redes devem ter um parafuso menos. Algumas pistas para esta teoria:
- Dão o corpo à bola. Todo. Se a bola acertar nas zonas baixas, azar.
- Metem frequentemente a cabeça e as mãos onde outros vão meter os pés. “Cabeça Vs Chuteira com pitons – Quem vencerá?”

Reparei recentemente que quer em jogos a sério, quer entre jogos dos “Divorciados Vs Vivem-juntos-mas-não-querem-casar” os guarda redes cospem em luvas de 10 contos. Ora bem, será que a bola não cola tão bem à luva se não tiver cuspo? Se isso fosse verdade já se vendiam luvas da Nike pré-cuspidas por grandes guarda redes...

Como sempre esta teoria não é de todo descabida, foi baseada em inúmeras horas de pesquisa em sites como este.

terça-feira, dezembro 07, 2004

O espirro

Estava hoje no emprego, quando de repente veio-me um daqueles espirros que acordam qualquer pessoa... daqueles que um tipo mete todo o ar dentro dos pulmões como se fosse mergulhar, mas acaba para o mandar todo cá para fora a 150km/h.

Depois de um espirro destes pede-se desculpa. Foi o que fiz. No entanto, já é do conhecimento popular que se tentarmos suster o ar podemos morrer. Para quem duvide pode consultar a explicação aqui. Como se pode ver a supressão do espirro pode levar à explosão da cabeça, espalhando pedaços de cérebro por todo o lado.

Tendo isto em conta, a pessoa que espirra não só não deve pedir desculpa, como as outras devem agradecer por continuarem sem pedaços de massa encefálica na roupa.

sábado, dezembro 04, 2004

Coisas que me irritam II

Vejam lá se descobrem o original:
"Goat of caralho! Puta of excrement! There for having 90 years you think that pods to put caralho of the feet in top of mine "

Impressionante... ninguém tem uma merdinha melhor para traduzir este tipo de coisas?

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Coisas que me irritam I – Unhas encravadas

Com tanta coisa a passar-se na actualidade política nacional, e para propositadamente fugir a esse assunto, aqui começa a primeira reflexão de coisas que me irritam.

Unhas encravadas. Só quem tem ou teve sabe qual é o terror de andar de transportes públicos com unhas encravadas. A mais pequena pisadela, ou encosto num dedão grande, e a pessoa sofre dores intoleráveis. A parte chata é que não se pode gritar “Cabra do caralho!!! Puta de merda!!! Lá por teres 90 anos pensas que podes meter o caralho dos pés em cima dos meus???” que fica logo tudo a olhar para nós, como se fossemos mal educados ou o caralho...

Uma das coisa interessantes das unhas encravadas é que há sempre pessoas próximas que têm e tiveram. Penso que é genético. Às vezes quando se vai gemendo de dor ao descer uma rua (sim porque aí também dói) e se explica que todo aquele sofrimento é por causa das unha, há uma pessoa que nos olha, com pena, e diz “Eu também sofro disso!”. Éh pá!, É lindo. É como ser do Belenenses e encontrar outro marmanjo que também se lembre do campeonato ganho. É como ser do PCP e ter menos de 50 anos, ou encontrar outra pessoa que também se estimule sexualmente com a Odete Santos... um sentimento de partilha de algo, que quer queiramos quer não, faz de nós mais homens, mais fortes, mais bravos! (desde que não nos pisem as unhas, claro).